sábado, 21 de janeiro de 2012

Um Lamentável Festival Promessas


Neste sábado, 21/01/2012, começa a maioria dos campeonatos estaduais de futebol pelo Brasil a fora. Algumas figuras voltam à cena cercadas de expectativa não pelo que fazem dentro das quatro linhas, mas fora delas. Jogadores como Adriano (Corinthians) e Jóbson (Botafogo) têm em comum o talento e a dúvida sobre se deixarão de ser uma promessa de viverem seus melhores dias nos seus clubes e passarão a sê-lo de fato.

Ainda que você não acompanhe futebol, certamente já leu ou ouviu notícias veiculadas nas páginas policiais acerca dos dois atletas. Adriano recentemente se envolveu num episódio em que um disparo atingiu uma moça que estava dentro de seu carro e Jóbson - de volta ao clube carioca depois de tentar recomeços no Atlético-MG e Bahia - ainda cumpre suspensão até março por uso de cocaína. Ambos tinham tudo para ser um referencial, mas, entra ano e sai ano, os dois ficam só na promessa. Adriano que já brilhou lá fora e na seleção brasileira parece ter perdido o time e, por não ser tão novo assim, já cai em descrédito.

É com pesar que eu me recordo de um punhado de irmãos à moda Adriano e Jóbson. Semelhantemente a esses atletas, eles tinha tudo para ser um referencial - pastores, profetas, diáconos. Pessoas com dons proeminentes e facilmente reconhecidos, mas que não conseguiram passar de uma promessa. Já pediram, tiveram e se deram diversas segundas chances, mas depois de um tempinho acabam caindo na sua inconstância espiritual. Parecem presos num labirinto. Somem, voltam, somem de novo - não não, agora tô de volta aê, pow, já é... E? De novo "faltam aos treinos", de novo "chegam atrasados na concentração".
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Esse é um lamentável festival promessas. Quem viu o Adriano receber a alcunha de O Imperador, jamais poderia imaginar que seu futuro seria este que se apresenta. Ah, de igual maneira, lembro de cultos memoráveis na compainha de alguns amigos. As promessas de nunca se desviar, de morrer pela causa [Evangelho], de negar a si mesmo até o fim. As divagações na cantina da igreja, o sonho missionário e a vontade de fazer a Obra em outro país. Tudo, não passou de um festival promessas.

Quando reencontro um ou outro daquela época, vê-se quão difícil será uma guinada espiritual quanto à carreira na fé. Uns, de líderes a meros frequentadores de igreja, outros, nem isso. Não restam dúvidas quanto ao poder transformador de Jesus e isto mantém alguma esperança viva, embora, a questão seja uma questão de querer essa tranformação e de decidir por essa transformação. Do contrário, quanto mais o tempo passa mais distantes ficam os que um dia foram jovens promessas de um futuro de honra. Os que foram jovens já não são tão jovens, vai-se o vigor e pronto. Mais um que tinha tudo para ser um referencial. Mais um integrante de um lamentável festival promessas.

Permaneçamos firmes!



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