domingo, 22 de setembro de 2013

Comunhão #7 Na Igreja, Derrubando Sofismas, A Série




Frequentar Uma Igreja Evangélica É Sinônimo Incontestável De Comunhão?

Comunhão na igreja é mito ou realidade?

É lugar comum a pregação de que frequentar um templo religioso é vital porque lá se tem comunhão com os irmãos. O que ninguém parou pra pensar é que também esse tema pode estar sendo apresentado como um sofisma por causa da superficialidade com que o mesmo é passado. Afinal, você sabe o que significa comunhão de fato?

No original grego, temos que comunhão é escrito como koinonia que significa relacionamento íntimo e estreito que as pessoas aceitam entre si. Da maneira como passam, parece que a comunhão se dá pelo simples ajuntamento de pessoas num mesmo lugar. Ora,  será que você necessariamente tem esse relacionamento íntimo no seu local de trabalho? Na turma da faculdade? No condomínio onde mora? Pois bem, lançando mão dessa análise polissêmica, fica claro que sim, muitas igrejas modernas tem em seus cultos nada mais nada menos do que um mero ajuntamento de pessoas tão íntimas quanto os usuários de um metrô lotado.

O cenário real é que todo domingo é possível adentrar um templo evangélico, sentar-se, assistir o culto e ir embora sem ser importunado. Igrejas grandes têm nesse tipo de público a maior parte de sua membresia que, por isso mesmo, é altamente rotativa. Se você duvida, comece a pesquisar quantos tem mais de cinco anos naquele lugar. Ainda que a congregação não seja tão volumosa assim, fato é que de culto a culto, você chega e vai embora tendo conversado com o mesmo grupinho de pessoas. Mentira?

O Ensino Errado Sobre Comunhão Na Igreja Camufla O Pecado


Aparentemente muitos líderes não tem a intenção de ensino profundo sobre a doutrina bíblica e tiram proveito do pouco interesse das pessoas a respeito. Desta maneira, o pecado da hipocrisia fica camuflado, ignorado, como se a igreja evangélica fosse o melhor dos mundos. Pelo menos, o mundo mágico de oz, para todo aquele que começa a frequentá-la. Quem nunca se sentiu o cara mais amado do mundo no início da conversão? Isso é da cultura religiosa e contribui muito para o crescimento numérico dos fiéis. Com o passar do tempo, vê-se que a coisa não é bem assim. Seguindo o instinto seletivo, qualquer um começa a se identificar mais com um e outro passando a escolher com quem vai andar.

Certa vez, perguntei a um irmão que é membro de uma igreja grande aqui na minha cidade: se você tiver um problema no seu casamento com quantos irmãos da igreja pode contar? O silêncio dele disse tudo. Embora, mal nos vejamos durante o ano, ele sabe que pode contar comigo, esteja eu onde estiver. Logo, ele tem koinonia com quem? Com as pessoas de sua igreja com quem conversa amenidades todo domingo ou comigo que mal vê, mas sabe poder contar? É simples assim. Estar num templo religioso não é sinônimo de comunhão, nem entre irmãos, nem entre ovelha e pastor.

Diga que não é comum você tentar marcar um gabinete pastoral e ter que ficar na fila? Já foi época de ser possível aquele bate-papo depois do culto. Agora, todos são tão ocupados, que você é orientado a falar com a secretária para marcar uma data, se tiver sorte, do contrário, espere ele voltar de viagem... Ao saber que comunhão é sinônimo de relacionamento íntimo e estreito, compare sua realidade com a teoria. Se ela for diferente da apresentada aqui, levanta a mão e dá glória. Do contrário, lamento dizer: você foi ensinado errado sobre o que é comunhão de verdade.

Não confunda koinonia com galerismo. Comer pizza juntos é mole, quero ver estar ao lado quando o irmão estiver caído, necessitado, discriminado em pleno seio da igreja.

Porque você não quer que seja assim, não quer dizer que não seja assim.


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